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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Sensitivity Analysis



As nossas escolhas moldam o nosso caminho e, ultimamente, a nossa vida. E se eu não tivesse feito isto? E se tivesse arriscado naquele dia? E se não tivesse mantido a boca calada? E se... E se...

É curiosidade natural, aquela que me toma ao acercar-me destas questões. Afinal, tudo aquilo por que passei me define e criou os traços que hoje carrego, sejam físicos ou psicológicos. Quão diferente seria eu com uma simples alteração numa das variáveis que me ergueram? Como é composto o leque de possíveis Joana's em múltiplos universos paralelos? E se eu fizesse precisamente todas as escolhas contrárias às que fiz até agora, quão afastada estaria da pessoa que sou hoje?
É comum defender que não nos devemos arrepender das escolhas que já fizemos pois, na altura, era o que queríamos. Eu aprendi que essa afirmação não é, de todo, aplicável em todas as situações, afinal somos humanos e, mesmo inconscientemente, podemos optar por A convencendo-nos de que é o melhor quando B é realmente o que queremos. A questão é: se não se arrependem de absolutamente nada na vossa vida, ou estão a levar uma vida de bradar aos céus e congratulo-vos por isso ou não estão a sair da vossa zona de conforto e é possível discutir a vossa definição de viver.

Eu gosto de pensar que não me arrependo de nada mas é claro que não gosto de me mentir a mim própria. Acho que arrepender-me não é bem o termo certo mas por vezes penso nas decisões que tomei e sinto um murro no estômago, um toquezinho amargo ou uma ponta de embaraço. Acho que a razão pela qual não o defino como arrependimento é porque aprendi com isso, aceitei o "erro" e tomou parte da minha personalidade. Querer mudar isso é como aqueles avisos nos filmes com viagens no tempo, qualquer pequeno deslize pode provocar mudanças irremediáveis, porque vamos construindo tudo camada a camada e mexer nas fundações de uma casa pode fazê-la ruir.

O que quero dizer é que o truque parece-me ser, não o evitar de más escolhas, mas sim a forma como nos erguemos e damos a volta após isso. Pelo menos, quero acreditar que sim.

quarta-feira, 25 de março de 2015

# How Am I


Sempre me foi de difícil compreensão como nos podemos sentir tão desligados da vida. Deambulamos por aí e nada nos parece de verdade, emoções desprovidas de entusiasmo, vivacidade, paixão... Emoções vazias que nos fecham e asfixiam.

É certo que os nossos pulmões nunca param de trabalhar e de nos oxigenar mas, por vezes, a quantidade de energia que nos é sugada é de tão enorme exagero que acabamos por soltar a súplica "Preciso de respirar".
Eu sinto isso e sinto como se fizesse parte de mim, como se tivesse de constantemente lutar por um pouco de sensibilidade. Porque é que não consigo sentir nada? Porque é que desprezo a existência de toda a física que me rodeia? Não me agrada questionar a minha sanidade mental mas, no entanto, dá-me um certo gosto sentir-me desafiada. Custa-me sofrer e encarar os acontecimentos desta minha forma peculiar, o que por vezes se verifica muito pouco ou nada saudável, mas apesar disso sei que isto me ajuda a crescer como pessoa e mais que isso, como ser humano racional que ambiciono permanecer,

Nunca sei quando é a altura ou qual a medida certa em ceder à emoção. Sou demasiado ponderada e ao mesmo tempo controlo impulsos e instintos que tenho curiosidade em seguir. Fico dividida. Eu sei observar, sei que isso pode dar muito mau resultado e protejo-me, diferencio-me. Mas estarei eu a ser inteligente ou a privar-me da vida? A fugir daquela que é por natureza uma complexidade de reviravoltas, quebras e sucessos? Chama-se a isso aprender com os erros dos outros ou permanecer inexperiente nas cabeçadas na parede?

Sinto-me a divagar, no papel e na realidade. E sei que tenho de regressar pois estou a desperdiçar tempo valioso.
Gostava de saber parar, pensamento atrás de pensamento, ter um pouco de paz. Afinal o que é a vida? O que é sentir? Como é que sentimos? É, isto que nos envolve, real?

domingo, 4 de janeiro de 2015

Um novo ano



Começo por vos desejar, desde já, um ano novo em grande e que 2015 vos deixe realizados e felizes!

Quanto a mim, hoje comemoro de certa forma a minha passagem de ano biológica :) Os 19 anos estão hoje completos e agora que venha o vigésimo e que não desiluda.
O ano passado foi um ano de grandes mudanças, experiências e aprendizagens. Se estou totalmente satisfeita? Não, mas um dia de cada vez fazemos o que podemos por uma vida melhor.
O que eu espero é que esteja a caminhar na direcção certa e vou fazer para que todos os planos que tenho em mente se realizem. Quero aproveitar todas as boas oportunidades que surgirem no meu caminho e quero tornar-me não só uma aluna melhor como uma amiga melhor e uma pessoa melhor, que é o mais importante.

Que 2015 vos sorria e que vivam intensamente, com saúde e alegria!

quinta-feira, 14 de agosto de 2014


Gosto de andar de mota. Tive oportunidade de ter uma mas recusei e não me arrependo, porque nem sei se gostaria de a conduzir. No entanto, tenho um amigo que uma vez ou outra me dá boleia e faz-se sentir como uma lufada de ar fresco. Adoro fazer caretas para o meu reflexo no seu capacete. Adoro fazer longos percursos a cantar com ele, improvisando o nosso próprio rádio com música. Adoro a sensação de liberdade.
Boas memórias, bons momentos.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

# The Look in Someone's Eyes


Era uma tarde soalheira e quase que podia ser embalada pelas ondulações da água enquanto consentia ao meu corpo que flutuasse e se deixasse levar pelo ritmo da vida. Por razões ainda desconhecidas, os nossos caminhos cruzaram-se, literalmente, e foi adicionada à minha visão do mundo uma nova camada completamente fora do modelo convencional. Uma única palavra proferida foi o suficiente para me acordar e despertar a atenção.
É curioso pensar: e se demorasse cinco segundos extra a mexer-me e chegar ao ponto de "colisão"? Já não passaria apenas de uma realidade não consumada, uma possibilidade perdida no meio de tantas outras que se perdem todos os dias da nossa vida. É interessante pensar que com cada escolha que fazemos, com cada caminho que tomamos, existem outros tantos que se dão por interditos e acabados. Isso é uma das muitas provas de que o nosso destino é talhado por nós dia após dia, somos nós que construímos a calçada da rua da nossa vida, somos nós que plantamos as árvores da nossa alameda, somos nós que tecemos a passadeira vermelha do nosso futuro, somos nós que, um dia de cada vez, colocamos tijolo sobre tijolo e construímos o nosso castelo. E o mapa de infinitas possibilidades e combinações é tão bem construído que mesmo que tomemos o caminho errado hoje, poderemos ter a oportunidade amanhã para retomarmos o certo, aquele que nos é fiel a nós mesmos. Ou não. Claro que algures por aí, existem alguns meros acasos no que toca ao nosso mapa cruzar-se com o mapa de outras pessoas. Eu decidi que ia deslocar-me por ali e nada ia mudar isso, no entanto foi o tempo que demorei a fazê-lo que determinou que colidisse com o seu trajecto, o seu dia, a sua vida, na verdade. E isso acontece com todos nós, a toda a hora. Sem explicação.
Dizem que os olhos são a janela da alma. Pois então, eu diria que o seu olhar me compelia a fazer-me transportar para o seu ser, observar o conjunto de peculiaridades e mistérios que o compunham e irrompiam do seu interior para o seu redor. Uma figura tão estranha e diferente... Mas ao mesmo tempo, cativante.
Sinto-me movida pela possibilidade de viajar, conhecer, descobrir, explorar. Senti-me movida pelo estilo de vida alternativo (desligado de estereótipos, nada a ver), tinha algo de refrescante e novo, aliciante, libertador. Todo o seu ar vivido me fazia gritar silenciosamente por novas experiências, novas realidades, novas metas. Tinha qualquer coisa de invulgar aquela presença e era daquelas que te impedem de desviar o olhar, os seus olhos quase que exigiam o estudo dos meus. Perco a sensibilidade e esqueço-me de onde estou, tudo à minha volta esmorece e ao mesmo tempo vislumbro uma infinidade de experiências que estou a deixar escapar, vejo nele tudo o que estou a perder com a minha vida sossegada e quieta, segura. Faz-me querer mais para mim, uma vivência fora do comum, algo que destaque a minha vida do padrão, algo que a torne não uma vida qualquer mas a minha vida, que me entusiasme tanto que me faça explodir de emoção e satisfação...
Aquele olhar inspirou-me, mudou-me a mim e à forma como estava a projectar o meu modo de viver, e isso é impagável.

sábado, 26 de julho de 2014

Me vs My Blog


Muitas vezes sinto-me mal por não postar com mais frequência, não só porque quero partilhar com vocês, sentir-me parte deste mundo e fazer com que se sintam bem-vindos ao meu espaço como também preciso de escrever e faz-me bem escrever. Outra coisa em que penso é que o meu blogue não tem uma "personalidade" bem definida, tanto escrevo textos abstractos como escrevo certas coisas sobre mim num registo mais descontraído e acaba por não encaixar em nenhuma categoria (caso fosse necessário, coisa que não é).
A verdade é que eu também não tenho uma personalidade que se encaixe numa categoria, tal como o meu blogue. Tenho múltiplos interesses pelo mundo e pela vida, gosto sempre de tentar olhar para as coisas pelos dois lados da moeda, gosto de desporto e de ler, gosto de apanhar sol e de "sentir" trovoada, gosto de partilhar mas também de ficar em silêncio e por aí fora. Por ser tão interessada por um pouco de tudo é que tive dificuldade nestes últimos meses em decidir ao que me candidatar na faculdade.

Ultimamente tenho reflectido sobre isso e cheguei à conclusão que embora tudo o que disse até agora seja verdade, acho que o meu blogue acaba por espelhar exactamente a minha pessoa.

Considero-me uma pessoa calma e reservada. Sou alguém que gosta de ouvir, perceber as coisas, gosto de ter um discurso com sentido e se não tenho nada para dizer, não vou inventar, fico calada. Há dias em que não me apetece falar, resguardo-me nos meus pensamentos e simplesmente guardo tudo para mim (o que por vezes é agoniante). Há outros em que sinto a necessidade de partilhar o que me vai na alma ou falar das coisas mais insignificantes que correm na minha vida mas que fazem parte dela e às quais quero dar valor. Se calhar ninguém quer saber mas escrever sobre isso é dar pelo menos um pouco de importância, é imortalizar essas situações ou sentimentos. Eu sou assim e isso acaba por definir o meu blogue também, não o estereotipa em lugar algum e só quem o perceber e gostar é que fica, tal como na minha vida. O que não quer dizer que não esteja cá porque eu venho sempre ler os vossos cantinhos, tal como gosto de saber se os meus amigos estão bem e de saber tudo o que me queiram contar. 

Ps: Tenho sentido falta dos textos abstractos que escrevia, o que me leva a crer que sinto falta de uma parte de mim mesma.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Love sucks



O amor não é cego. Isso é mentira. O amor escolhe colocar-nos uma venda nos olhos e tudo é bonito no que vemos porque só vemos o que o nosso coração quer ver, só vemos as projecções na tal venda do que julgarmos ter à nossa frente em pessoa. O amor é uma porcaria, mas só quando dá para o torto. É hipócrita da nossa parte culparmos o amor e crucificarmos esse sentimento tão intenso. O amor é uma porcaria porque o fazemos uma porcaria, porque o vemos como uma porcaria.
Quando estamos felizes e contentes ninguém se atreve ou lembra sequer em proferir tal coisa, é tudo tão "perfeito" e completo que a vida ganha outras cores, outros cheiros e basicamente ficas repleto de serotonina, dopamina e oxitocina (o que é totalmente verdade) mas o que sentes é o coração a palpitar vividamente, uma ansiedade descomunal, uma explosão de electricidade, carinho, paixão e realização dentro de ti, a desesperar por irromper pela tua pele e incendiar a tua vida de fogo ardente e belo, porque aquele sorriso, aquele olhar e aqueles braços são tudo o que o teu mundo precisa para ter um dia melhor.
Até que num momento tudo colapsa e já não parece nada do que idealizavas mas isso é como quem não tem jeito para o desenho, como eu. Tenho na minha mente uma imagem clara e brutal do que quero mas quando meto mãos à obra, lápis à arte, é como se saísse tudo ao lado, uns meros gatafunhos, um projecto falido do que tinha imaginado porque é impossível transpôr para a vida real seja um desenho, palavras, acções, tudo exactamente igual ao que permanece no nosso íntimo. É isso que acontece com o amor. Nós criamos esta bolha perfeita e depois o que acontece? A realidade acontece. Mas isso é porque tentamos com que esse nosso conto de fadas perfeito passe para a realidade, deixe de ser apenas uma história a pairar nas nuvens do romance ideal. Queremos que seja real. E é aí que a coisa complica. Porque a realidade também consegue ser uma porcaria.
Alguém te pergunta como é que depois de coisas tão horríveis ainda te importas, ainda te dás ao trabalho e fazes as coisas que fazes. A minha resposta é: como é que não o farias?
Amar é estar lá, independentemente de tudo. Amar é assumir uma posição de porto de abrigo, fonte de amor, carinho, compreensão e protecção, como também bola de stress e saco de boxe (não no sentido literal). Amar não é só nos bons momentos. Quem ama aguenta toda a porcaria porque ser amado é sabermos que temos alguém que não nos vai deixar ficar mal e ruir perante os nossos erros, que nos vai segurar ou ajudar a levantar quando tropeçarmos nas pedras da vida ou nos penhascos do nosso ser. Amar e ser amado é assumir um contrato de presença e cuidado.
Claro que há limites, às vezes a mágoa torna-se demasiada e se calhar podes ter um coração maior do que devias. Mas nós só recebemos dos outros o que irradiamos de nós mesmos. Se calhar não recebes em igual medida mas não vais arriscar dar menos só porque recebes menos pois se dás mais, sabes pelo menos que tens a porta aberta para receber mais. Se isso não acontece... Melhores dias virão. Frank Crane disse "You may be deceived if you trust too much, but you will live in torment unless you trust enough." Pois a minha escolha é ser e viver assim, como sou.

Dito isto, o amor continua uma porcaria porque as pessoas conseguem ser uma porcaria. Mas o sol há-de voltar a brilhar no coração de todos nós...

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Artes


O mundo das artes é algo que me fascina. A minha mãe tem um jeito incrível para pintar e tudo relacionado com a veia artística, eu em pequena cheguei a fazer umas pinturas mas nunca me alonguei por estes caminhos. Eu sei e sinto no meu coração que pertenço ao mundo do desporto, venham as lesões que vierem, mas isso não impede de explorar outras áreas e eu gosto, gosto muito sinceramente de o fazer.
Quantas e quantas vezes não fiz uns rabiscos nos cadernos e quis desenhar algo que nunca cheguei a conseguir transpõr tal como imaginava para o papel? Quantas e quantas vezes eu não vi o So You Think You Can Dance ou os Step Up's e desejei saber verdadeiramente dançar e conseguir passar toda aquela emoção às outras pessoas? Ou quantas vezes suei eu no Just Dance só porque sim e porque gosto? Quantas vezes cantei eu no duche até achar uma forma de acertar nas notas num registo que me permitisse não desafinar? Ou então quantas vezes abri o meu Magic Piano no iPad e me imaginei a tocar a sério? Nem vocês imaginam, nem eu vos sei precisar. Ultimamente tenho andado a pensar em arranjar um piano, talvez não para já mas um dia, sem aspirar a nada profissional mas apenas uns momentos de descontração. Adorava saber tocar piano, por prazer e nada mais.
Eu gosto de artes. Tenho muita pena de não ter algo em que seja mesmo boa, em que me destaque porque as artes é um mundo que nos eleva como pessoas e como seres, requer uma criatividade, uma expressividade, uma emoção que eu adoro quando cativa e é interessante ou inspirador. Acho que o mais perto que me encontro disso é com a escrita, que é igualmente uma arte, o dom da palavra. Mas com isto não quero dizer que me arrependo do "mundo que escolhi", eu fiz as minhas escolhas e se voltasse atrás seguiria o mesmo rumo, sem hesitar. Isto é só algo que por vezes me deixa a pensar profundamente.
E é importante referir que eu não falei em todas as abordagens das artes, é um mundo tão vasto que não se cinge apenas ao que mencionei como é óbvio. Havia tanto por onde pegar que eu ficava aqui um dia inteiro.

PS: Sabem que eu até me questionei o porquê de não seguir um curso ligado à realização? Eu gosto de filmes, gosto de séries, gosto de filmes e séries inteligentes, etc. E já por duas vezes fiz vídeos "montagem" de coisas que gravei numas férias e na viagem de finalistas (não é para me gabar mas aquilo até fica bom e dá-me gozo fazer, apesar do trabalho). Isso leva-nos à questão problemática de escolher um curso por eu ter interesses tão variados... Mas isso será tema para outro dia :)

sábado, 31 de maio de 2014

Aguenta bronze, não me esqueci de ti


Tenho tantas saudades do meu bronze, nem me sinto a mesma sem o ter. Há uns dias fui tirar fotos, teve mesmo que ser, e parecia mais pálida que sei lá o quê, apesar de algumas pessoas invejarem o meu "não-bronze". E só de colocar lado a lado com as últimas fotos que tirei (precisamente no fim de umas férias de Verão), até dava vontade de chorar.
Gosto de ter cor, gosto dos raios de sol na pele bronzeada, gosto do efeito da água, gosto de usar cores frescas e leves. Vem Verão, invade-me a alma e a pele!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Baile de Gala



Este sábado temos o nosso baile de gala. A busca pelo vestido foi uma aventura e pêras, nem eu queria gastar muito dinheiro nem sou de grandes exuberâncias mas verdade seja dita, nem algo simples eu conseguia encontrar. Ao fim de uma longa busca, só tinha duas hipóteses: um vestido diria eu que rosa "velho" de princesinha e um preto não-de-princesa-mas-talvez-passagem-de-ano-aperaltada. A escolha foi complicada mas acabei por ficar com o preto, a cor do outro não me convenceu nem ficava bem comigo e eu quase que aposto que não o voltaria a vestir nunca mais. Os sapatos vão ser claramente os únicos que eu tenho no armário a criar raízes e só vou levar uns brincos simples. O cabelo vai ao natural, talvez com um pequeno apanhado e nada de maquilhagem (lá porque é festa e sou finalista, não abusemos). 
Nos últimos dois anos eu fiz parte da associação de estudantes e fomos nós que organizámos os bailes de gala em questão, mas este ano é uma lista diferente. Um lado positivo é que não vou ter turnos de trabalho durante a noite nem limpezas posteriores nem preocupações quanto a nada disso. Ou seja, estas festas são momentos em que eu reencontro amigos com quem já não convivo diariamente e desta vez vou estar 100% livre para lhes dar a minha atenção, para dançar e viver cada instante.
Outro lado positivo é que sou finalista e vou dançar a valsa, juntamente com mais 15 pares. Eu ando desde o meu 10º ano a querer dançar a valsa e vai finalmente acontecer mas espero que corra tudo bem senão vou morrer de vergonha. Se vocês vissem os ensaios... Mas claro que os meus pais e a minha irmã vão assistir e o meu pai nem seria o mesmo se não tentasse filmar a ocasião, por isso devo ter oportunidade de mais tarde ver e concluir se até me safei bem ou estava completamente away do compasso.
Concluindo, ando a precisar de desanuviar as ideias e  por isso espero que seja um óptimo baile de gala e que me consiga divertir à grande com aqueles que me são próximos. É um evento importante, acaba por marcar a recta final desta etapa da minha vida. O que virá a seguir, quem sabe?

quarta-feira, 19 de março de 2014

Out and Away


Ando meio desligada do mundo. Às vezes acontece-me isto e perco-me a analisar o que me rodeia ou a vida no geral ou tudo mas nada. É daqueles devaneios inexplicáveis. Ando cansada, com dores de cabeça frequentes e no entanto tenho de me agarrar ao barco para não ir com a corrente. Não me posso deixar ir abaixo agora que estou na recta final, na verdade apenas o fim do início. E é algo assustador mas excitante.
Escrever faz-me bem, acalma-me e porque eu detesto sentir-me ausente aqui e inspiração tem sido nula, venho desenterrar e propor-vos uma espécie de velho desafio que já fiz. Se quiserem, comentem com o título de uma música na qual eu me inspirarei para escrever um texto e assim o farei. É sempre interessante porque opções é o que não falta, é sempre bom descobrir novas músicas e por vezes, podemos deparar-nos com interpretações diferentes da mesma melodia.

sábado, 8 de março de 2014

Almoços de Família



A minha família não é de todo a mais unida, no geral. Dramas familiares, quem não os tem?
No entanto, todos os fins de semana almoçamos com os meus avós maternos, o avô paterno junta-se e também um primo da minha mãe. O que se torna muito interessante porque é um homem inteligente e gosto de participar nas conversas que chegam a percorrer variados temas. No último almoço, falou-se de que para vivermos bem, há três aspectos muito importantes: o físico, o psicológico e o financeiro. Então levantou-se a seguinte questão, em que ordem de importância se encontram esses três aspectos? As opiniões divergiram, outras (incrivelmente) convergiram quando nunca costumam estar de acordo e assim eu convido-vos a partilharem comigo a vossa opinião. Para vocês, dos três qual o mais importante? E o menos? Dêem-me os vossos argumentos :)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

# Do Not Let My Fickle Flesh Go To Waste


Permite-me deambular por entre sonhos e projectos, pensamentos e indecisões, vida e a sua ausência.
Às vezes perco o rumo, como um dente de leão que se deixa levar pelo vento. É tão mais fácil darmos por nós desgovernados quando não sentimos firmeza na nossa pessoa... Angustia-me pensar em tudo o que perco, toda a panóplia de sensações que podia estar a sentir se não estivesse preenchida de emoções vazias. Todo o meu percurso errante e paradoxal mexe e remexe com aqueles que são os dramas existenciais. Então para onde vou? E que faço agora? Tiram-me uma segurança, o que esperam em troca? Fico sem o chão dos meus pés, como aprendo a voar? Quem sou eu quando me perco? E quem seria se não me perdesse? Estou perdida?
O ressoar duvidoso do tempo apanha-me ao canto da sala, sentada e com o olhar fixo na escuridão que paira sobre as minhas dúvidas. Sentido? Duvido que faça. Lógica? Quem sabe se existe. Fosse o mundo um lugar fácil e certo, ninguém o apreciaria..

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

# Say Something


" Há muito tempo que não escrevo. (...) Há muito tempo que não existo. Estou sossegadíssimo. Ninguém me distingue de quem sou. Senti-me agora respirar como se houvesse praticado uma coisa nova ou atrasada. Começo a ter consciência de ter consciência. Talvez amanhã desperte para mim mesmo, e reate o curso da minha existência própria. Não sei se, com isso, serei mais feliz ou menos. Não sei nada. (...) Há muito tempo que não sou eu. "
in Livro do Desassossego

Não me sinto nada presente aqui e sinto falta disso, é algo que me faz bem mas a minha ausência não foi totalmente em vão. Tive notas de bradar aos céus, fiz à menos de uma semana os meus dezoito anos e já estou nas aulas de código. Quanto à minha produtividade, sinto-me confiante e apesar de haver outros projectos que eu gostaria de abraçar, acho que posso ir conciliando as coisas devagar e tudo vai ao sítio mas não me sinto de todo incompleta. A única coisa que me atormenta é não estar segura do que seguir na faculdade.
Olhando para trás e pensando em tudo o que mudou, a minha vida deu não uma mas mil e quinhentas voltas de 180º só no último ano. Nem sei expressar tudo o que me vai na alma, o espírito que perdi algures pelo caminho e que tento reencontrar. No entanto, espero que o vosso ano 2013 tenha sido do melhor e que a vossa passagem de ano vos traga excelentes momentos, muitas coisas boas para todos vocês!
Eu voltarei, muitos beijinhos * 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Túneis


Desde criança que não sei se inventei mas adoptei uma espécie de pequena brincadeira com túneis. Sempre que viajava de carro, fossem viagens grandes ou idas a Lisboa, e avistava um túnel, sustinha a respiração de uma ponta à outra e depois pedia um desejo. E era tão realista comigo mesma que a dimensão do meu desejo estava dependente do tamanho do túnel porque há grandes e há pequenos que não custam nada. Eram como que momentos de pequenos "sacrifícios" que por alguma razão na minha cabeça me incutiam direito a pedir algo. Claro que nunca levei isso muito muito a sério, não sou parvinha nenhuma mas era algo em que acreditava, tal como as pessoas têm pequenas superstições ou rituais em situações do dia a dia. Era a minha magia, inocência de criança que com o tempo fui perdendo. Com o passar dos anos, começou a ser mais no ímpeto de trabalhar essa minha capacidade de apneia que desenvolvia nos meus treinos de natação e hoje em dia posso fazê-lo mas não com a mesma convicção de anteriormente. Afinal a vida revelou-se e já não vejo tudo belo e amarelo. No entanto, há sempre aquela esperança de que resulte e é um querer acreditar cego.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Regresso a Casa


Tenho de vos pedir constantemente desculpas pelas minhas ausências, a sério que quero ser mais activa aqui. Estive de férias no Alentejo e deixei em stand by os meus posts diários de Inglaterra mas agora estou finalmente de regresso a casa, não que isso seja propriamente uma alegria. De qualquer forma, não me deserdem e eu continuo aqui. Beijinhos!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Saudades


Tenho um amigo de longa data e estou cheia de saudades dele. Todos os meses de Julho da minha infância,  ele estava lá e apesar de ser a única altura do ano em que nos víamos, fazíamos com que valesse a pena. Com ele tive mil e uma brincadeiras e chegou uma altura em que juntamente com um nosso amigo de verão, o ritual era sempre o mesmo... Praia de manhã, ir para casa almoçar, esperar uns minutos e dar corda aos sapatos para nos encontrarmos na casa de um dos três, até irmos para a praia de novo. A jogar desde playstation a monopoly, criámos ali uma grande amizade. Este meu amigo de quem vos falo é a pessoa mais divertida do mundo e há uns três ou quatro anos (já não sei) mudou-se para Inglaterra. Apesar de continuar a visitar Portugal, com períodos incertos, não voltou a ser a mesma coisa. No entanto, após o primeiro impacto do regresso, percebe-se que continua lá o mesmo rapaz de sempre e é bom.
Este ano, ele vem cá passar um mês e chega nesta sexta! Eu tenho andado tão ansiosa que até já sonho com a chegada dele. Vai ser diferente porque ele vai trazer dois amigos ingleses mas ao mesmo tempo vai ser brutal porque ele nunca gosta de falar inglês comigo, sempre é uma forma de não deixar o português morrer e assim eu vou poder falar com os amigos. Estou mesmo com vontade de o ver, dar-lhe um enorme abraço e fartar-me de rir com ele. O meu medo é que as coisas estejam um bocado estranhas, porque as vidas tomam rumos diferentes, nós mudamos e cada vez será mais difícil, mas eu espero bem que não.
Vai ser awesome e espero ter aventuras para vos contar!

terça-feira, 9 de julho de 2013

FIA

Hoje (dia 8) fui à FIA, a Lisboa, com os meus pais e a minha irmã. Estes dias têm sido de imenso calor mas lá dentro estava fresquinho e agradável. A certa altura, num local mais espaçoso, uma tuna académica (fui pesquisar e encontrei, era a Cruzituna!) formou um semi-círculo e começaram a entreter as pessoas que por ali passavam. Eu e o meu pai ficámos logo presos àquele local e foi do início ao fim. É um espírito e um ambiente cativante, sem dúvida. O momento que mais me marcou foi quando todos largaram os seus instrumentos e fizeram o coro para um rapaz que se destacou colocando-se no centro, juntamente com um companheiro a tocar aquilo que será uma guitarra ou uma viola, com o intuito de cantar uma serenata. Não era a uma rapariga específica mas a meio da música, ele começou a fazer sinais para arranjar uma menina que se dirigisse até ele. Fez sinal a uma criança, mas esta abanou a cabeça em sinal de recusa. Fez sinal à minha irmã e ela também recusou envergonhada. Não haviam mais crianças lá paradas e por isso ele deu-se por vencido, isto claro continuando com a "performance". A certo momento, uma pequenina aparece no panorama. Loirinha, com duas tranças e linda que ela era, começou a caminhar timidamente para o centro do semi-círculo. Ela aparentava ser estrangeira e devia ter os seus 4 ou 5 anos talvez, por isso eu assumo que ela não estivesse a perceber o que se passava, mas foi simplesmente lindo. Assim que o rapaz reparou, expressou um grande sorriso, esticou o braço para que ela continuasse a caminhar, baixou-se, abraçou-a e de joelhos, pegou na mão da pequenina e cantou-lhe o resto da serenata. Foi tão querido e um momento encantador. No fim, ele voltou a abraçá-la, ela voltou timidamente para junto dos pais e o rapaz parecia estar de lágrima no canto do olho. Ele emocionou-se, não sei se pela ingenuidade e pureza do momento, se pelo significado que aquela serenata poderia ter para ele. Isso eu já não sei nem teria como saber. Eu adorei.
Noutro pavilhão, encontrámos uma artista que faz caricaturas. Eu e o meu pai já tínhamos feito há uns dois ou três anos, naquele mesmo sitio com a mesma senhora, e a minha irmã também quis. É possível uma caricatura só do rosto ou do corpo todo, associando assim a tua pessoa a um passatempo, um desporto, uma profissão... A minha irmã queria do corpo todo, mas não sabia o que escolher e até nos pediu sugestões. Eu sugeri ballet porque ela já praticou mas deixou. Acabou por ser uma escolha em cima do joelho e ficou pintora/artista porque ela tem muito jeito para artes manuais e gosta sempre de fazer experiências e assim. Aqueles momentos de sugestões e nada parecer a tal foi estranho e talvez um bocado triste, não sei se é a palavra correcta. Apercebi-me que na altura em que fiz a minha (e mesmo se fosse com a idade da minha irmã), eu soube muito bem ao que queria a minha caricatura associada e não havia espaço para dúvidas ou incertezas. Sentei-me naquela cadeira, a senhora perguntou-me o que queria e eu cheia de orgulho disse "nadadora, natação". O resultado foi muito giro e está pendurado cá em casa juntamente com a do meu pai. Fiquei mesmo satisfeita com o desenho, principalmente porque estávamos ali representados eu e a minha grande paixão, e é algo que vou levar comigo quando sair de casa. Claro que é um bocado normal, se nem eu sei ao certo o que sou e o que faço aqui, como é que a minha irmã com os seus 10 anos poderia escolher uma só coisa para ser associada? Mas pronto, agora que penso bem, também gostaria de ver uma caricatura minha a escrever. Podia até fazer uma colecção, cada vez que lá fosse, uma nova caricatura e depois encher um quarto com desenhos das minhas pequenas paixões. Como é que só me lembrei disto agora? Que acham?

quinta-feira, 4 de julho de 2013

# A Thousand Slowly Dying Sunsets


Não há forma de delimitar o tempo, esse senhor imensurável e indefinido que nos cerca noite e dia. E só dizer isso já está errado porque tempo não é algo ou alguém, é uma ideia por nós concebida. Algo imparável, universal, irreversível, imutável e que representa um pouco de omnipotência também.
Acompanha-nos toda a nossa vida, carrega consigo a nossa bagagem, todos os momentos que passámos, as memórias que guardamos, toda a nossa história, seja ela curta ou longa. Será considerado um amigo ou inimigo conforme a perspectiva, pois não tem como função nenhum dos dois. Só está cá para nos guiar, apresentar questões fundamentais, sejam obstáculos ou pequenas pérolas da vida, e ensinar-nos a curar as nossas feridas, o nosso coração e a nossa alma. Mas o tempo não pára para ti. Não. Parando para ti, teria de parar para todos os outros e assim estaria a interferir com o decurso da vida de cada um de nós. É como um comboio que nunca se atrasa, nunca sai fora do plano. A partir do momento em que entras na viagem da vida, o tempo estará presente e será o teu treinador. É com o tempo que aprendes. Não sendo algo proporcional à tua idade mas sim à tua disposição a aprender. Podes entrar num desporto cheio de garra e perceberes que singras muito melhor do que alguns que estão lá à anos simplesmente por estar. Essa é a diferença que a força de vontade impõe em todos nós.
Dá-te feliz por teres tempo, disfruta dele sabiamente pois todos nós queremos tempo e ele parece querer escapar por entre os nossos dedos, lá está, com ânsia de apanhar o comboio. Com tempo, tudo se faz e tudo se consegue. Aprecia o tempo e vive-o.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Geez, I swear I'm not drunk


Estava a pensar e eu divago muito em pensamentos. Dizem que uma pessoa engole, em média, 8 aranhas na sua vida inteira. E agora vem a parte absurda, se um grupo de pessoas eventualmente gostasse de comer aranhas e fizesse disso algo regular, a média subia?
Suponhamos que estamos a falar de aranhas vivas e eliminamos assim do nosso estudo os chineses e aficionados de comida chinesa.

Nota: eu dormi muito pouco e acordei para ter aula de esclarecimento de dúvidas às 8 e meia, aula a que a querida professora de biologia chegou uma hora e meia atrasada. Tenho estado a estudar/tentar sobreviver ao tédio! E sim, eu tenho noção da estupidez deste post. Mas até é uma questão interessante. Okay, maybe another time. See ya.