Mostrar mensagens com a etiqueta avarias. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta avarias. Mostrar todas as mensagens

sábado, 28 de junho de 2014

Partilho com vocês a minha vergonha


Fomos a Lisboa para uma sessão fotográfica que uma colega minha quis organizar pelos anos dela. Isso combinou três factores que não vão lá muito bem com a minha pessoa: fotografias "forçadas", vestidos e semelhanças porque íamos todos de branco (excepto a aniversariante). Acabou por ser divertido e acabámos por ter de apanhar o autocarro das oito e meia para casa. Sim, tarde!
Bem, lá íamos nós no metro e eu já não tinha lugar para me sentar então fiquei em pé agarrada ao "poste" no centro da carruagem com outra rapariga. Entretanto nessa mesma paragem da nossa entrada entram dois rapazes, um deles fica também agarrado no centro e eu, esperta como sou, estava a pôr o meu peso mais sobre uma perna para descansar o outro joelho. Conclusão, assim que aquilo arranca eu perco o equilíbrio e dou um encosto no tal rapaz. Ele estava de headphones e eu imediatamente levantei apenas a mão em sinal de "desculpa lá". Até aí tudo bem. Umas paragens à frente, ele deixou o centro e ficou na lateral, atrás de mim. Claro que, novamente, esperta como sou, aproveitei a paragem para ajeitar a minha mala de forma a que pudesse controlar os meus pertences e para isso, deixei de estar agarrada. Nisto, aquilo arranca de repente e eu sou literalmente (quando digo literalmente, é vergonhosamente no sentido literal) projectada para trás, para cima do rapaz e até o pisei, coitado. Ele agarrou-me e eu só queria um buraco para me esconder. Novamente pedi mil desculpas e o amigo pareceu-me fazer uma piadinha, num tom mais baixinho, a dizer que "foi sem querer" -.- ali estava eu, a morrer de vergonha, de vestido no metro e a sentir esporadicamente a respiração do rapaz na minha diagonal... Ele até chegou a perguntar-me as horas, porque eu tinha relógio mas ainda pensei que ele estivesse a perguntar ao amigo dado que estava de costas e não o vi direccionar-se a mim. Disse-lhe as horas e chegámos ao destino, graças a Deus! Algo me diz que para o ano vou ter muito tempo para estes pequenos embaraços do quotidiano...
Eu nem costumo ser assim trapalhona mas claro que se tinha de acontecer a alguém, era logo a mim!

quarta-feira, 19 de março de 2014

Out and Away


Ando meio desligada do mundo. Às vezes acontece-me isto e perco-me a analisar o que me rodeia ou a vida no geral ou tudo mas nada. É daqueles devaneios inexplicáveis. Ando cansada, com dores de cabeça frequentes e no entanto tenho de me agarrar ao barco para não ir com a corrente. Não me posso deixar ir abaixo agora que estou na recta final, na verdade apenas o fim do início. E é algo assustador mas excitante.
Escrever faz-me bem, acalma-me e porque eu detesto sentir-me ausente aqui e inspiração tem sido nula, venho desenterrar e propor-vos uma espécie de velho desafio que já fiz. Se quiserem, comentem com o título de uma música na qual eu me inspirarei para escrever um texto e assim o farei. É sempre interessante porque opções é o que não falta, é sempre bom descobrir novas músicas e por vezes, podemos deparar-nos com interpretações diferentes da mesma melodia.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

# Do Not Let My Fickle Flesh Go To Waste


Permite-me deambular por entre sonhos e projectos, pensamentos e indecisões, vida e a sua ausência.
Às vezes perco o rumo, como um dente de leão que se deixa levar pelo vento. É tão mais fácil darmos por nós desgovernados quando não sentimos firmeza na nossa pessoa... Angustia-me pensar em tudo o que perco, toda a panóplia de sensações que podia estar a sentir se não estivesse preenchida de emoções vazias. Todo o meu percurso errante e paradoxal mexe e remexe com aqueles que são os dramas existenciais. Então para onde vou? E que faço agora? Tiram-me uma segurança, o que esperam em troca? Fico sem o chão dos meus pés, como aprendo a voar? Quem sou eu quando me perco? E quem seria se não me perdesse? Estou perdida?
O ressoar duvidoso do tempo apanha-me ao canto da sala, sentada e com o olhar fixo na escuridão que paira sobre as minhas dúvidas. Sentido? Duvido que faça. Lógica? Quem sabe se existe. Fosse o mundo um lugar fácil e certo, ninguém o apreciaria..

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Geez, I swear I'm not drunk


Estava a pensar e eu divago muito em pensamentos. Dizem que uma pessoa engole, em média, 8 aranhas na sua vida inteira. E agora vem a parte absurda, se um grupo de pessoas eventualmente gostasse de comer aranhas e fizesse disso algo regular, a média subia?
Suponhamos que estamos a falar de aranhas vivas e eliminamos assim do nosso estudo os chineses e aficionados de comida chinesa.

Nota: eu dormi muito pouco e acordei para ter aula de esclarecimento de dúvidas às 8 e meia, aula a que a querida professora de biologia chegou uma hora e meia atrasada. Tenho estado a estudar/tentar sobreviver ao tédio! E sim, eu tenho noção da estupidez deste post. Mas até é uma questão interessante. Okay, maybe another time. See ya.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Heart of Courage


Em educação física estamos a trabalhar em trios, na ginástica acrobática, e no próximo mês vamos ter que apresentar uma rotina. Terá direito a música, vestuário mais composto ou pelo menos mais uniforme entre os três e somos nós que escolhemos isso tudo. Temos cinco elementos (posições) obrigatórios e a partir daí, incorporamos exercícios de técnica como flexibilidade ou equilíbrio, decididos por nós e na ordem que quisermos. Do meu grupo eu é que tomei a iniciativa de nos organizar a nível de coreografia, ou pelo menos comecei a pesquisar. Encontrei uma música interessante, mostrei-a aos meus colegas que são um rapaz e uma rapariga e fui aprovada pela parte feminina. Ele devia estar à espera que fosse uma música que toca na rádio. Na aula todos contribuímos com movimentos de interligação das posições e acho que estamos a ter bons resultados. Também comecei a imaginar contarmos uma história a partir da melodia e dos nossos gestos em sintonia, o que era brutal. A questão é que só podemos treinar nas aulas e aí nem treinamos com a música nem queremos mostrar tudo bem composto porque depois perde o elemento surpresa, o que torna difícil situarmos os gestos e mudanças de posição no momento certo. Mas nós vamos dar um jeito. Escusado será dizer que eu estou super entusiasmada porque eu adoro estas coisas, nós vamos apresentar uma obra prima. Ahah, joke. A música é Heart of Courage - Two Steps from Hell  (versão mais longa) mas deixem uma opinião ou sugestão!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Shhh, if you just shut up please


Biologia. Tudo o que tenha a ver com professores, só falo de Biologia. Isto tem de mudar.
De qualquer maneira, assim que chegámos à escola há duas semanas, a professora de Bio decidiu que este período íamos ter 4 testes da disciplina. Um com toda a biologia de 11º, outro com geologia de 10º e 11º (dada até à altura), outro que é o intermédio e outro global. Coisa mais normal do mundo. Eu percebo a lógica, mantemos a matéria fresca, obriga-nos a estudar, só nos ajuda para o exame.. Mas quer dizer, nós não temos só esta disciplina. Nós gostamos de ter uma semaninha sem nada em que podemos simplesmente respirar e estar sem preocupações de notas por um momento. Até porque a obrigação é dois testes por período, nem sei se é "legal" fazer mais que isso assim à papo-seco, só porque dá na gana.
Na semana passada, fizemos o primeiro teste. Como em todos os momentos de teste, há aquele alvoroço inicial, depois uma calmaria absoluta em que mesmo os que não estudaram a ponta de um chavo ainda olham para aquilo e pensam um bocadinho em silêncio e depois há aqueles picos em que por algum motivo inicia-se uma espécie de conversa ou risota entre um grupinho de alunos e o pessoal perde o foco e leva os outros atrás ao fazer barulho. A questão é que a professora alimenta este burburinho e depois fala com os alunos e fala e fala e fala e não se cala! Ou porque isto ou porque aquilo. O ano passado quando a tive pela primeira vez, sim muito giro, descontrair e tal no meio do teste, um pouco de conversa sem nada de mal. Mas o cerco começa a apertar, eu sei que o que eu estudo é para depois aproveitar aqueles 90 min ao máximo. Se os outros se deixam levar na onda, problema deles mas não gosto quando estou naquelas perguntas de raciocínio e perco o fio à meada no que estava a escrever porque tenho a professora na converseta, quando depois no momento de entregar os testes dá na cabeça à turma porque não respondemos com coerência ou porque não lemos o texto com atenção. Está a brincar?
Pronto, neste mesmo dia, faltavam uns 15 min para tocar. A professora estava a falar de algo que seguramente não tinha nada a ver com qualquer dúvida que poderia surgir no teste, eu já tinha tentado tapar os ouvidos para me isolar desse barulho (faço isso muitas vezes) mas não posso escrever e tapar os ouvidos ao mesmo tempo, então virei-me para trás onde ela estava e levantei a mão.
* colega ao meu lado vê a minha frustração e chama a stora *
R- Oh stora, a Joana está aqui, está a levantar-se e ir direito a si !
Prof * olha para ele e depois para mim*- Sim? Já acabaste? É para saíres?
Eu- Não. Hum... Era se... Podia calar-se, se faz favor?!
* Prof ri-se e em vez de se calar, conta como alunos de anos passados lhe levavam revistas nos dias de testes para ela ficar entretida *

A professora não levou a mal, eu também já lhe tinha pedido silêncio no inicio da aula mas não se comparou àquele momento em que estavam todos a ouvir à espera de ver o que eu ía a dizer. Depois fiquei a pensar se não tinha sido um bocado inconveniente mas não faltei ao respeito e é um bocado contraditório ela querer que respondemos de forma correcta e atenta quando nos afecta completamente a concentração nestes momentos críticos para a nossa nota. Anyway, não foi a primeira vez que teve esse comportamento e eu no fim da aula até lhe fui perguntar o que é que ela gosta de ler. Okay, eu não sou assim tão arghh.. Mas irritou-me um bocado, eu levo aquilo a sério. Uma coisa é brincar nas aulas, outra coisa é nos testes. E pronto, quando tocou eu entreguei o meu teste e saí para tomar o pequeno almoço enquanto que os que ficam na conversa, imploram por mais 5 min. The end.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Monólogos


Estava eu sem saber o que fazer e dei por mim a falar comigo mesma em pensamento. Dali a pouco estava a debater-me sobre o mesmíssimo facto. Os meus pensamentos ecoarem bem alto na minha cabeça.
Serão os monólogos algo proveitoso? Algo de útil?
A princípio pressupus que fossem apenas diálogos interiores, quando não nos apetece falar ou apenas quando não temos alguém para tal, em último caso sobramos nós. Ou então, em primeiro caso mesmo.
Até que nesse meu próprio monólogo assumi que era mais que isso. Os monólogos permitem-nos desenvolver a nossa linha de pensamento, permitem uma evolução e exploração do nosso ser, da nossa alma e forma de pensar, sem ser necessário alguém a pôr em causa, assim sendo um processo individual e independente. Argumentamos e contra-argumentamo-nos, trabalhando a lógica e o raciocínio de modo a levar as nossas fundamentações em frente. Com isto, questionamos o nosso ponto de vista e criamos assim uma recepção a novas ideias e, possivelmente, melhores.
Os monólogos são bons, são mecanismos pessoais de progresso mental, um pouco solitários mas eficazes. E não há nada mais desafiador do que a nossa própria mente, mesmo que por vezes pareçamos loucos.

domingo, 31 de março de 2013

Festival do Secundário Gouveia '13


Bem, este vai ser um post enorme. Quem viu nas noticias, o São Pedro claramente não esteve a nosso favor e toda a gente local por quem passávamos nos dizia que em todos os anos nunca tinha acontecido igual.
No primeiro dia, começámos a conhecer pessoal logo no comboio. Eram duas raparigas de Oeiras e sinceramente foi o mais perto de nós que conheci durante os dias todos. Também lá estava uma universitária que ía a casa em Gouveia nesse fim de semana e que tinha marcado presença no festival durante 3 anos por isso deu-nos conselhos do melhor local para as nossas tendas e tudo o que poderíamos querer saber sobre o recinto, a organização, etc. Assim que chegámos à estação, apanhámos um autocarro específico já com o destino do recinto do festival, chegámos lá, tirámos as nossas malas e deixámo-las no chão à espera que um cão passasse lá para garantir que não transportávamos substâncias ilícitas. Eu só à bocado descobri que um rapaz foi detido por estar na posse de 150 doses de cocaína lá no festival e enfim, alguém lhe dê um pouco de inteligência e cabecinha. Depois, a entrada foi rápida e apressámo-nos a conseguir um local que desse para as nossas tendas todas juntas porque aquilo já estava cheio de tendas por todos os lados e vim a saber que houve gente a dormir de sábado para domingo à porta do recinto já a fazer fila para entrar. Foi um processo cansativo, andar com as malas atrás, de um lado para o outro e depois, montar as tendas à chuva e ao vento. A verdade é que comparado aos outros dias, nesse primeiro não estava nada mau, chovia e fazia vento e depois parava por uns momentos, sempre assim e dava-nos mão de manobra para conseguirmos pôr tudo em condições. Só para terem noção, no domingo almocei às 4 da tarde. Depois fomos dar uma volta e andei numa cena a que chamei a centrifugadora em que basicamente estamos esticados numa estrutura de três aros, a rodarem sobre si e fazerem-te dar voltas de 360 graus e em todas as direcções. Não sei bem explicar e tenho pena de não saber o nome. Depois fomos para a zona da piscina e ainda consegui participar no workshop de dança, dado pelo grupo Of Produções que são bestiais. Comprámos os bilhetes para os dias todos na tenda disco, cada um sendo um vale de uma cerveja ou sumo grátis e voltámos à tenda. O clima lá não é fácil, obviamente isso seria de prever e só de pensar naquelas raparigas que andavam de calções como se fosse Verão... Pronto, entretemo-nos todos nas tendas até às 11 e tal da noite e aí fomos para a tenda disco onde o pessoal se reunia todo a aproveitar. Às quatro da manhã voltámos à tenda, estávamos cansados da viagem e o estilo de música também já não me prendia lá, pelo menos a mim. Antes de dormirmos fomos tomar banho aos balneários, por ser uma hora menos propícia a apanharmos grandes filas e o facto é que não havia espaço para muita gente, apesar de haver imensos chuveiros. A verdade é que nessa noite só dormi das 5 e meia às 7 da manhã, não sei bem porquê mas não consegui dormir mais que isso, para não falar da ventania e imensa chuva que se fazia sentir e ouvir e eu pensei que o nosso oleado fosse voar. Aproveitando o imenso tempo livre, desperdiçado a olhar para as paredes da tenda feita prisioneira na solitária porque quem partilhava a tenda comigo estava a dormir, acabei por escrever um pouco visto que devo ter sido das únicas pessoas ou única mesmo a considerar um caderno e lápis como bagagem importante a levar para acampar.
Foi nesse momento que começou o dilúvio e o estrago nos nossos planos de actividades. Ficámos nas tendas o dia todo sem qualquer actividade disponível mas também ninguém se queria atrever a andar muito tempo fora da tenda, o vento e a chuva não paravam, eu estava noutra tenda com pessoal quando a tenda onde eu estava a dormir que tinha aguentado a noite inteira, começou a estrutura a desmontar constantemente uma parte por causa do vento fortíssimo e acabámos por não conseguir erguê-la totalmente. Esperámos por orientações, muitos do meu grupo já falavam em abandonar o local e ir para casa, e realmente foi o que aconteceu a 200 ou 300 participantes do total de 4000 que viram as suas tendas voarem ou cederem e foram embora, para não falar das tendas que sofreram infiltrações e pessoal que ficou com literalmente todas as suas coisas molhadas. Depois soubemos que havia a disponibilidade de passarmos a noite num pavilhão e o plano era o seguinte: desmontar as nossas tendas que estavam no cimo da encosta do recinto, levar todas as nossas coisas lá para baixo e montarmos apenas duas ou três tendas num local mais abrigado onde deixássemos tudo. Foi isso que fizemos, éramos 14, montámos três tendas, sendo uma delas para 4 de nós dormirem lá porque preferiam ficar com as coisas. Tomámos banho, jantámos, demos uma volta pelo recinto e fomos para a tenda disco again. A partir das 4 da manhã até às 7, tínhamos autocarros disponibilizados a fazerem rondas até 3 sítios: Bombeiros em Gouveia, Bombeiros em Vila Nova de Tazém e Escola de Tazém. Nós ficámos na escola, no pavilhão e quando lá chegámos, aquilo parecia um campo de refugiados, tivemos sorte porque conseguimos um lugar vago para nós e seria o último. Era malas e sacos cama por tudo quanto era sitio, nós tínhamos levado para lá o mais importante que devíamos ter connosco mas havia pessoal que ficou mesmo sem tenda onde pôr qualquer coisa e tinham lá tudo... Molhado. O fio que há para dividir o campo a meio foi um estendal improvisado e até havia toalhas penduradas na tabela de basquete. Os primeiros a chegarem lá, porque foram logo à tarde, conseguiram ainda alguns colchões de ginástica mas nós também não ficámos nada mal. Os balneários tinham água aquecida, mas não muito quente, apenas morna. Havia alguns aquecedores e fichas onde podíamos carregar os telemóveis (no recinto isso só havia nos balneários e eram tipo duas ou três no máximo, agora imaginem...). Eram 5 da manhã e estávamos nós a conhecer o pessoal ao nosso lado. Eram da Póvoa de Varzim, pessoal muito fixe e falávamos de tudo. Esses eventualmente sabíamos os seus nomes e tudo mais mas no festival todo, a pergunta de eleição não era "como te chamas?", mas sim "és de onde?" porque muita gente eu sabia o local e nem cheguei a saber nomes. Partilhámos comida com eles, entre-ajudávamo-nos e foi muito fixe.
No dia seguinte, soubemos que uma rapariga do nosso grupo queria sair do recinto porque tinha passado uma noite terrível, pensávamos que ía mesmo para casa mas foi um mal entendido e apenas passou a vir ter connosco à escola para passar a dormir lá. Havia autocarros também à tarde até às 4 e depois das 6 e meia/7 até às 10 e meia da noite, sempre a fazer o percurso escola-bombeiros-recinto. Nessa tarde de terça, eu e mais alguns esperámos pelo autocarro para irmos ao recinto. A cena mais engraçada foi estar no lobby do pavilhão, junto à entrada e ver uma rapariga a desligar uma ficha tripla que estava ligada a outra tripla e tentar ligá-la na própria tripla ahah. Lá no recinto, conseguimos um tempo sem chuva e voltei a andar na centrifugadora e estive na cama elástica a fazer mortais. Depois fomos almoçar, tipo às 5 da tarde, que foi quando começou o jogo de Portugal transmitido na tenda disco lá nos ecrãs gigantes mas nós não vimos e depois de passearmos tudo, voltámos ao pavilhão às 6 da tarde. A única cena má disto é que perdíamos um pouco de liberdade a nível de estarmos no recinto e nas actividades ou não dado que os horários e a lotação dos autocarros nos condicionavam porque de resto foi óptimo e acabámos por socializar muito mais estando ali com outro pessoal do que estarmos cada um nas suas tendas. Depois voltámos ao activo na night , o grupo dividiu-se, uns foram logo para a tenda disco enquanto eu e mais uns fomos experimentar a música de um bar junto da piscina e sem dúvida que a música era muito melhor porque na tenda àquela hora seria reggae e eu, pelo menos, prefiro música que dê para dançar, música mais "comercial" por assim dizer. Quando chegámos lá acima à tenda disco, uma amiga minha estava a ficar demasiado alegre e tinham-na trazido para fora da tenda para apanhar ar e eu fiquei lá mais um colega. Ficámos os três e foi aí que se deu uma das maiores surpresas. Estávamos ambos a mantê-la encostada a uma parede quando um rapaz não muito alto, de sweat, cap, barba por fazer, nos aborda e pergunta se está tudo bem com ela. O rapaz tinha ar de quem era muito fumador e bebia bem, dissemos que ela tinha bebido um pouco de mais e o meu amigo tentava despachar o rapaz visto que era o que menos precisávamos naquele momento, alguém a meter-se connosco. Acontece que ele nos aconselhou a dar-lhe água com sal, disse-nos onde tentar arranjar, o que fazer enquanto ela o bebia e nós íamos começando a aceitar com alguma estupefacção que ele estaria a ser realmente útil e só podíamos agradecer. Ele temia que não o estivéssemos a levar a sério, ele disse-nos que fazia a festa e tudo mais, só ía às aulas de segunda a quinta porque sexta já começava a aproveitar e que ficava muitas vezes em estados como aquele da nossa amiga, mas que quando era para estar nas aulas, era para estar nas aulas como deve ser e com cabeça e assim sabia estas técnicas de forma a pôr-se bom e em condições. Muito maior é o nosso espanto quando ele, sem qualquer propósito de se gabar, nos confessa que é de Aveiro, mas está a estudar em Lisboa (na Faculdade de Ciências se não me engano) porque entrou em Medicina com média de 19. Aí, é a sensação de que não só as aparências iludem como, fogo, nada é impossível. Continuou a achar que nós pensávamos que ele estava a gozar e quando apareceu uma rapariga amiga dele, a primeira coisa que ele lhe disse foi "Olha, diz-lhes lá se eu não entrei em medicina e com que média é que foi" e ela não só confirmou como corrigiu que foi média de 19,3 , que ele reforçou sendo em termos práticos 19. Isto sem a mínima cara de gozo, totalmente a sério e juro-vos que ninguém diria, ao olhar para ele ninguém diria mesmo. Entretanto, com o passar do tempo, ela melhorou, voltámos para dentro, escusado é descrever tudo lá. Às 5 da manhã voltámos para a escola e aí conhecemos pessoal de Lamas. Um deles era o Sousa mas o pessoal do Norte gosta de carregar na pronúncia, então um amigo meu disse "Olha, aquele é o Sousa" e o Sousa assim "Sousa? Quê? Souuuusa. Souuuusa. Ou me chamas Souuuusa ou não me chamas nada". Bem, foi um riso. A pronúncia deles para nós é tão estranha como a nossa para eles.
Na quarta à tarde, voltei ao recinto com um grupo diferente, voltei à centrifugadora e andei de slide. Os senhores da centrifugadora eram muito simpáticos e já me cumprimentavam quando nos cruzávamos no recinto em qualquer outro sitio. Demos uma volta pelas barraquinhas, confirmámos os horários dos autocarros e só voltámos ao recinto para a última noite. Foi brutal, dancei imenso e ainda me cruzei com um rapaz que conheço do sitio onde passo férias de verão todos os anos. Só o conheço de vista e já tinha passado por ele umas duas ou três vezes no festival mas nunca me cheguei à frente para confirmar que era ele porque provavelmente ele nem sabia quem eu era, ao contrário do que eu pensava até foi ele que veio ter comigo (apesar de já estar meio alegre demais) e foi giro, reconheceu-me e demos um high-five e tudo ahah Nessa mesma noite também tive uma rapariga a contar-me os dramas da sua vida.
É pena, já acabou. Apesar do mau tempo, foi uma experiência muito positiva, diverti-me imenso, conhecer pessoal é mesmo espectacular e eu sem dúvida que não me importava de voltar. As noites foram muito fixes, confraternizámos com montes de pessoal e o ambiente foi melhor do que eu estava à espera. Como diria o pessoal da Of, "não fica triste, pr'o ano há mais" ! Talvez comigo lá a marcar presença...
Se leram isto tudo até ao fim, merecem gomas e chocolates! E eu agradeço imenso a atenção.

ps: Harlem Shakes não faltaram, incluindo um no pavilhão com o pessoal acabado de acordar só para animar o ambiente no abrigo com o pessoal da Of

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Carnival arrived !


Não podia não fazer um post sobre o Carnaval !
Tenho andado estes últimos dias cheia de ansiedade e finalmente chegou. Há gostos e gostos, possivelmente muitos de vós nem ligam a esta época mas eu adoro, é simplesmente brutal. Desde pequena que me mascaro e sempre fui até Torres Vedras ver os desfiles. Agora já faço, ou melhor, todos cá em casa fazemos parte de um grupo que desfila e quem diz agora, diz que este é o sétimo ano. Já desfilámos de egípcios, amola-tesouras, mosqueteiros, tropas francesas, leões e ginástica rítmica, isto sempre de acordo com os temas do Carnaval de Torres. O meu grupo tem sempre entre 70 a 90 participantes, divertimo-nos sempre muito, dançamos e é um ambiente fantástico. Os fatos são sempre feitos por nós e vamos todos iguais. Este ano o tema é a reciclagem e é sem dúvida um tema fraquinho, dado que nós costumamos ganhar alguns prémios do público ou da confraria no concurso de máscaras, este ano vamos desfilar reutilizando os nossos fatos vencedores. Há desfiles Sábado à noite, Domingo à tarde e Terça à tarde. O melhor de desfilar é dançar à vontade, conviver com o pessoal do grupo que só vejo nesta altura de ano a ano, ser requisitada por estrangeiros ou visitantes do Carnaval para tirar fotos com eles e meter-me com as crianças que estão a ver o desfile. Deixá-los com um sorriso na cara é adorável. Claro que a festa começa já hoje porque há festa nas ruas, com música à fartazana e rara é a pessoa que não está mascarada, nem que seja com um adereço. É um outro mundo, completamente. E algo que me cativa é que são 5 dias em que podes ser o que quiseres, não há feio nem bonito, mau ou bom... Alguém pode ir com a roupa mais foleira de sempre e com certeza sentir-se-á integrada em qualquer lado. Não há distinções. E isso é bom.
Eu vou já preparar-me para ir jantar a Torres e tenho uma longa noite pela frente, mas não sem antes partilhar com vocês a minha agenda de máscaras.
Hoje fui de varina para o desfile da escola, que não é lá grande coisa, mas pronto. Agora à noite vou de mecânica, amanhã à noite vou de egípcia, domingo à tarde vou de tropas francesas, domingo à noite vou de espantalho, segunda à noite vou de ginástica rítmica, terça à tarde vou de egípcia e terça à noite ainda não sei se vou.
Ah, já me esquecia. Não sou só eu que sou apaixonada pelo Carnaval, o meu pai também é. Todos os anos inventa algo para acompanhar a sua máscara e para se destacar, ter algo diferente e giro. Como por exemplo, para o fato de leão ele fez um osso que forrou com tecido a fazer de carne e pôs-lhe umas luzes para ligar à noite. Muito inventivo, sim! E como não pôde ir mascarado para o trabalho, pintou umas rugas, o cabelo de branco, levou uma bengala e uma roupa a rigor para ir de velho. Este espírito é mesmo do outro mundo!
Tenham um óptimo Carnaval, que eu vou fazer por isso também :D

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

E a inocência da minha irmã é algo que me diverte bastante, é engraçado ver reacções genuínas e perguntas que nem lembram ao menino Jesus. Um desses episódios foi hoje. Estávamos nós no carro estacionado, enquanto a minha mãe saiu para ir a uma loja e a minha irmã passou no espaço entre os assentos da frente e foi para o pé de mim, sentou-se no banco do condutor e ficou a percorrer as estações de rádio. Entretanto, passados uns minutos, eu reparei que passaram dois agentes da policia à frente do carro e simultaneamente, a minha irmã começou a "escorregar" no banco, ficando semi deitada. Nisto eu pergunto...
- O que é que estás a fazer?
- Estou a esconder-me, os senhores guardas não me podem ver aqui. E ainda por cima sem cinto...
- Claro que podem, o carro não está em movimento, podes estar onde quiseres como quiseres.
E ri-me. Ela mesmo assim só se levantou quando eles passaram e eu fiquei a pensar na reacção dela e como sabia que estar ali não seria correcto. Está claro que já tem idade para saber essas coisas mas na verdade não era nada de mal e foi realmente engraçado. Isso e dizer que se votassem nela para presidente, virava a semana ao contrário e tínhamos dois dias de aulas e cinco de fim de semana. Espertinha, não é?