quinta-feira, 4 de julho de 2013

# A Thousand Slowly Dying Sunsets


Não há forma de delimitar o tempo, esse senhor imensurável e indefinido que nos cerca noite e dia. E só dizer isso já está errado porque tempo não é algo ou alguém, é uma ideia por nós concebida. Algo imparável, universal, irreversível, imutável e que representa um pouco de omnipotência também.
Acompanha-nos toda a nossa vida, carrega consigo a nossa bagagem, todos os momentos que passámos, as memórias que guardamos, toda a nossa história, seja ela curta ou longa. Será considerado um amigo ou inimigo conforme a perspectiva, pois não tem como função nenhum dos dois. Só está cá para nos guiar, apresentar questões fundamentais, sejam obstáculos ou pequenas pérolas da vida, e ensinar-nos a curar as nossas feridas, o nosso coração e a nossa alma. Mas o tempo não pára para ti. Não. Parando para ti, teria de parar para todos os outros e assim estaria a interferir com o decurso da vida de cada um de nós. É como um comboio que nunca se atrasa, nunca sai fora do plano. A partir do momento em que entras na viagem da vida, o tempo estará presente e será o teu treinador. É com o tempo que aprendes. Não sendo algo proporcional à tua idade mas sim à tua disposição a aprender. Podes entrar num desporto cheio de garra e perceberes que singras muito melhor do que alguns que estão lá à anos simplesmente por estar. Essa é a diferença que a força de vontade impõe em todos nós.
Dá-te feliz por teres tempo, disfruta dele sabiamente pois todos nós queremos tempo e ele parece querer escapar por entre os nossos dedos, lá está, com ânsia de apanhar o comboio. Com tempo, tudo se faz e tudo se consegue. Aprecia o tempo e vive-o.

1 comentário:

Anónimo disse...

Adoro, tão inspirador :)