Desde criança que não sei se inventei mas adoptei uma espécie de pequena brincadeira com túneis. Sempre que viajava de carro, fossem viagens grandes ou idas a Lisboa, e avistava um túnel, sustinha a respiração de uma ponta à outra e depois pedia um desejo. E era tão realista comigo mesma que a dimensão do meu desejo estava dependente do tamanho do túnel porque há grandes e há pequenos que não custam nada. Eram como que momentos de pequenos "sacrifícios" que por alguma razão na minha cabeça me incutiam direito a pedir algo. Claro que nunca levei isso muito muito a sério, não sou parvinha nenhuma mas era algo em que acreditava, tal como as pessoas têm pequenas superstições ou rituais em situações do dia a dia. Era a minha magia, inocência de criança que com o tempo fui perdendo. Com o passar dos anos, começou a ser mais no ímpeto de trabalhar essa minha capacidade de apneia que desenvolvia nos meus treinos de natação e hoje em dia posso fazê-lo mas não com a mesma convicção de anteriormente. Afinal a vida revelou-se e já não vejo tudo belo e amarelo. No entanto, há sempre aquela esperança de que resulte e é um querer acreditar cego.
" I feel most at home in the water. I disappear. That's where I belong. " Michael Phelps
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Túneis
Desde criança que não sei se inventei mas adoptei uma espécie de pequena brincadeira com túneis. Sempre que viajava de carro, fossem viagens grandes ou idas a Lisboa, e avistava um túnel, sustinha a respiração de uma ponta à outra e depois pedia um desejo. E era tão realista comigo mesma que a dimensão do meu desejo estava dependente do tamanho do túnel porque há grandes e há pequenos que não custam nada. Eram como que momentos de pequenos "sacrifícios" que por alguma razão na minha cabeça me incutiam direito a pedir algo. Claro que nunca levei isso muito muito a sério, não sou parvinha nenhuma mas era algo em que acreditava, tal como as pessoas têm pequenas superstições ou rituais em situações do dia a dia. Era a minha magia, inocência de criança que com o tempo fui perdendo. Com o passar dos anos, começou a ser mais no ímpeto de trabalhar essa minha capacidade de apneia que desenvolvia nos meus treinos de natação e hoje em dia posso fazê-lo mas não com a mesma convicção de anteriormente. Afinal a vida revelou-se e já não vejo tudo belo e amarelo. No entanto, há sempre aquela esperança de que resulte e é um querer acreditar cego.
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2 comentários:
Todos queremos, de uma maneira ou de outra, que os nossos sonhos se realizem, mas as coisas não caem do céu(a vida não é phineas e ferb, pena!). É aquela inocência que fica da infância que nos faz acreditar que conseguiremos *.* e eu sei que tu conseguirás atingir os teus sonhos,continua a conter a respiração!
Que engraçado... as mentes das crianças são demais :)
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