quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

# Do Not Let My Fickle Flesh Go To Waste


Permite-me deambular por entre sonhos e projectos, pensamentos e indecisões, vida e a sua ausência.
Às vezes perco o rumo, como um dente de leão que se deixa levar pelo vento. É tão mais fácil darmos por nós desgovernados quando não sentimos firmeza na nossa pessoa... Angustia-me pensar em tudo o que perco, toda a panóplia de sensações que podia estar a sentir se não estivesse preenchida de emoções vazias. Todo o meu percurso errante e paradoxal mexe e remexe com aqueles que são os dramas existenciais. Então para onde vou? E que faço agora? Tiram-me uma segurança, o que esperam em troca? Fico sem o chão dos meus pés, como aprendo a voar? Quem sou eu quando me perco? E quem seria se não me perdesse? Estou perdida?
O ressoar duvidoso do tempo apanha-me ao canto da sala, sentada e com o olhar fixo na escuridão que paira sobre as minhas dúvidas. Sentido? Duvido que faça. Lógica? Quem sabe se existe. Fosse o mundo um lugar fácil e certo, ninguém o apreciaria..