quinta-feira, 15 de agosto de 2013

# Ascot: Day 2

Nota: este é um dos cantinhos da escola e a foto é minha, por isso peçam se por qualquer razão quiserem usar, merci!


Domingo. Primeiro dia de aulas e mais carregado porque é uma excepção em que temos não três mas cinco horas de inglês no total do dia.
Tomei o pequeno-almoço, aproveitei uns raios de sol num dos recantos da escola e fui ter o meu teste. Consistia num teste de aptidões, um teste diagnóstico para nos afiliar a uma das turmas existentes sendo que são níveis diferentes. Era uma pequena selecção de perguntas de escolha múltipla sobre gramática, um esquema para interpretar com respostas de sim ou não, dois textos para interpretar e responder às perguntas e por fim um texto sobre um dos tópicos apresentados. Durante o teste, um dos professores presentes sentava-se connosco e fazia algumas perguntas simples do porquê de irmos para lá, o que gostamos de fazer, etc. com o objectivo de testar a oralidade e sei que nessa parte tive "int.", agora não me perguntem o que significa. Depois esperámos, fomos para o auditório/teatro onde nos apresentaram o curso e um pouco da escola e após isso, foi o intervalo das 10 e meia. Às 11 todos os alunos estavam a caminho das suas aulas e nós, os recém-chegados, fomos reunidos no átrio e eles faziam a chamada dos grupos divididos consoante os resultados obtidos nos testes. Estavam lá imensos russos, nos seus 12 ou 13 anos possivelmente e ficavam quase todos nos mesmos grupos.  Eu não incidi sobre esse pormenor mas 99,99% dos alunos eram mais novos que eu e por algumas serem mais altas que eu, tendo menos uns anos, uma pequena de 10 anos, a Martina que é da Áustria, achava que eu tinha 14 anos. Foi um bocado um choque, I mean, eu sei que não sou alta e devia ser um elogio eu parecer mais nova mas é estranho e a partir daí até ficava "envergonhada" em dizer a minha idade quando perguntavam.
Mas continuando, quando eu fui chamada, foi juntamente com a Francesca e a Carolin que é da Alemanha. Apenas três. Para a turma dos melhores. Então fomos levadas para a nossa sala e totalizámos 9 alunos. A Anna que eu já tinha falado, a Francesca, a Carolin, a Lena da Alemanha, bem como a Elena e a Anna-Lena, o Vladyslav da Ucrânia e a Nazrin do Azerbeijão. O professor chama-se Brandon, é do Canadá mas vive nas ilhas Canárias e já viajou imenso pelo mundo. Já, inclusive, deu aulas e viveu em Portugal. Acho que me achou interessante, o facto de eu estar ali, porque não se ouve falar muito dos portugueses, apenas no que toca a futebol e problemas económicos (sim, ele mencionou essa tristeza na minha apresentação à turma). Cada aluno novo, ele fazia perguntas para que nos conhecêssemos melhor e até projectava imagens dos nossos países. Ao contrário do que possam pensar, não eram aulas de intensivo inglês e é uma das coisas que adorei foi ter ficado com aquele professor, fora do vulgar. Falávamos do mundo, cada semana tinha um tema e aquelas duas foram o Ambiente e História, por isso fizemos alguns projectos relacionados com isso, alguns textos inventados em grupo, discutíamos esses temas. Acho que o mais enriquecedor foi a oralidade e claro se dávamos algum erro, ele prontificava-se a rever a gramática nesse aspecto mas não era algo que tratássemos a toda a hora. Um exercício que eu gostei particularmente foi ele pegar no dicionário e havia três categorias: a person who..., a object which... e a place where... então ele lia a definição de algo dentro destas categorias e nós tínhamos de dizer o nome. Melhor do que a gramática, é trabalharmos o vocabulário e eu achei excelente.
Quanto aos trabalhos de grupo só havia uma coisa chata, eu estar com duas alemãs e a conversa acabava por descambar sempre para o alemão. Elas não faziam por mal, acabei por perceber isso e eu gosto delas, simpáticas e uma delas até tem alguns aspectos na personalidade semelhantes a mim, mas eram momentos em que eu ficava apenas a olhar e a tentar decifrar alguma palavra que conhecesse. Até acabou por ser engraçado porque ao 3º ou 4º dia de aulas, uma delas perguntou-me se eu compreendia tudo o que elas falavam e eu disse que não, zerinhos, e ela riu-se espantada porque disse que eu olhava para elas com cara de quem estava a perceber tudo.
Pronto, à tarde após as duas horas extra de aulas, temos oportunidade de escolher o que queremos fazer e eu escolhi dança para ver como seria, dado que foi a minha escolha para a semana inteira e eu só podia alterar isso até à manhã do dia seguinte. A verdade é que foi basicamente ballet e não é definitivamente a minha cena. Eu até me safava, não conseguia à primeira mas tentava outra vez e tudo bem, diria que não foi uma catástrofe para primeiro contacto com a dança mas não me cativa minimamente, não o estava a fazer por gosto e com aqueles momentos de aborrecimento que por vezes apareciam ao inicio, decidi que precisava de uma actividade que me entusiasmasse e que tornasse tudo melhor. Claro que a resposta era óbvia e apesar de ir contra a minha ideia de ser uma viagem cheia de coisas novas, eu decidi que ia mudar para natação enquanto podia.
Voltei para a casa, tomei banho, preparei-me para o jantar, depois do jantar tivemos actividades em equipa. As equipas são as turmas e passámos por quatro estações diferentes. Foi divertido e trabalhámos em equipa. Depois às 9 voltámos para o quarto e fiquei na conversa com as meninas até ser hora de ir marcar o ponto.
XOXO,

Joana when in England

2 comentários:

łnn Gray disse...

Adorei o teu relato Joana! Londres é awesome ;D

Anónimo disse...

Deve ser fantástica essa junção de nacionalidades :)